Zenha, Francisco de Almeida Salgado

Área de identidad

Tipo de entidad

Pessoa

Forma autorizada del nombre

Zenha, Francisco de Almeida Salgado

Forma(s) paralela(s) de nombre

Forma(s) normalizada del nombre, de acuerdo a otras reglas

Otra(s) forma(s) de nombre

  • Salgado Zenha
  • Francisco Salgado Zenha

Identificadores para instituciones

Área de descripción

Fechas de existencia

1923-05-02 - 1993-11-01

Historia

«Natural de Braga, era filho do médico Henrique de Araújo Salgado Zenha e de Ernestina Mesquita de Almeida e Silva. Após a conclusão dos estudos liceais, ingressou na Universidade de Coimbra, onde viria a licenciar-se em Direito.. . Aderindo ao Partido Comunista Português no início da década de 1940, foi o primeiro aluno eleito presidente da Direcção da Associação Académica de Coimbra, em 1944. Seria demitido no cargo no ano seguinte, pelo facto da Associação declinar, em Assembleia Magna, o convite do reitor para o acompanhar a Lisboa, com o fim de agradecer a Salazar a neutralidade durante a guerra.. . Em finais de 1945, passa a ser responsável pela organização da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas em Coimbra. Nessa qualidade estará entre os fundadores do Movimento de Unidade Democrática Juvenil, integrando a sua Comissão Central. Preso pela primeira vez em 1947, será uma das muitas vezes que visitará os calabouços da PIDE. Neste período conhece Mário Soares, iniciando uma relação de amizade que irá ser reforçada pela participação de ambos na candidatura presidencial de Norton de Matos, em 1949.. . Também no final da década de 40 inicia a sua vida profissional como advogado, realizando o estágio no escritório de Adelino da Palma Carlos. A par da carreira política e profissional, colabora na revista Vértice.. . Depois de abandonar o Partido Comunista Português, adere à Resistência Republicana e Socialista, em 1955, dois anos depois de obter a liberdade condicional. Participa na candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República, em 1959. Esteve entre os subscritores do Programa para a Democratização da República, em 1961. No mesmo ano voltaria a ser detido pela PIDE. Torna-se colaborador de O Tempo e o Modo, em 1964. É candidato à Assembleia Nacional, pela Oposição Democrática, em 1965 e 1969.. . Até ao 25 de Abril Salgado Zenha fez parte do grupo restrito de advogados que se destacou defesa de presos políticos e participantes em actividades subversivas. Ganhou notoriedade na defesa de António de Sommer Champalimaud, no âmbito do Caso Herança Sommer, em 1973, garantindo a absolvição deste.. . Ainda em 1964 participa na fundação da Associação Socialista Portuguesa, que iria resultar na criação do Partido Socialista, em 1973, e do qual seria, ainda que contrariado, membro fundador. Não estando presente em Bad Münstereifel, entregou o seu voto contra a transformação da Associação em partido a Maria Barroso, que o representou.. . No pós-25 de Abril converte-se num das figuras de proa no processo de democratização. Foi ministro da Justiça nos I, II, III e IV Governos Provisórios, e ministro das Finanças no VI Governo Provisório. Foi negociador na revisão da Concordata com a Santa Sé, que veio permitir o divórcio em Portugal, em 1975. Foi também um dos fortes opositores à unicidade sindical, que pretendia a criação de uma única central sindical.. . Em 1976 o PS ganha as eleições, ocupando Salgado Zenha o lugar de líder da bancada parlamentar na Assembleia da República. Na altura Mário Soares terá alegado que não o levara para o governo de que era primeiro-ministro, porque Zenha era a «consciência moral» do partido.. . Por volta de 1980 entra em ruptura com Mário Soares, na sequência da polémica em torno do apoio ou não à candidatura de Ramalho Eanes a Presidente da República. Quando o PS decide manter o apoio, em linha com a opinião de Salgado Zenha, Mário Soares demite-se da liderança do partido, só regressando em 1981. Neste período Zenha manter-se-á como líder parlamentar, mas seria afastado devido a um processo disciplinar, movido por Soares.. . Em 1986 anuncia a sua candidatura a Presidente da República, afastando-se definitivamente do PS e selando a ruptura com o seu adversário, Mário Soares. Salgado Zenha garantia o apoio do PCP e do PRD e, conseguindo 20% dos votos, não passará à segunda volta. Afasta-se então da intervenção política, publicando as principais ideias da sua campanha no livro As Reformas Necessárias, de 1988.. . Apesar de sugerido várias vezes ao longo dos anos para ser condecorado com a Ordem da Liberdade, só com a persuasão de António Guterres, amigo de longa data, aceitaria. Seria condecorado a 10 de Junho de 1990. Seria também António Guterres, então líder do PS, que o convidaria a reingressar no partido, mas Salgado Zenha manter-se-á como independente.. . Morreu em 1 de Novembro de 1993 em Lisboa, após doença prolongada. A víuva, Maria Irene Miranda Cunha Silva Araújo Salgado Zenha, criou a Fundação Salgado Zenha, que atribui um prémio e bolsas de estudo anuais na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.''»

Lugares

Braga, Portugal (nascimento).. Lisboa, Portugal (morte).

Estatuto jurídico

Funciones, ocupaciones y actividades

Advogado e político português.

Mandatos/fuentes de autoridad

Estructura/genealogía interna

Contexto general

Área de relaciones

Área de puntos de acceso

Puntos de acceso por materia

Puntos de acceso por lugar

Occupations

Área de control

Identificador de registro de autoridad

Identificador de la institución

PT-CGTPIN

Reglas y/o convenciones usadas

Estado de elaboración

Nivel de detalle

Básico

Fechas de creación, revisión o eliminación

Criado em 2011-03-17.. Revisto em 2011-07-13.

Idioma(s)

Escritura(s)

Fuentes

Wikipedia - Francisco Salgado Zenha [Em linha]. [Consult. 17 Mar. 2011]. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_Salgado_Zenha.

Notas de mantención

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